Nunca me considerei um
bom avaliador de obras literárias. Sou admirador e não entendedor.
Sim leio bastante, e
escrevo bastante. Porem creio que eu jamais poderia realmente fazer uma critica
de alguma obra literária, principalmente por não possuir uma bagagem tão
extensa assim e principalmente por simplesmente desprezar por escolha todas ou
a maioria das regras gramaticais e normas de linguagem.
Assim sendo o que
escreverei abaixo nada mais é que comentários dispersos e opiniões pessoais
sobre a obra. Não é critica e nem avaliação. Pois bem.
Terminei finalmente de ler a trilogia “Millennium” do escritor Stieg Larsson*.
A obra de Larsson é uma obra que fascina pelo esmero que tem
na construção de tramas, pelo cuidado e apego aos detalhes e verossimilhança de
informações e historia mundial(principalmente e totalmente políticas e sociais)
e no cuidado em traçar personalidades de seus emblemáticos e sempre dúbeis
personagens.
Mas dentre tantos fatores que caracterizam a obra de Larsson,
talvez seu maior feito e destaque seja a personagem de Lisbeth Salander a heroína
antagônica da serie.
Uma hacker de porte físico delicado, uma mulher quase
chegando à casa dos trinta anos de idade com aparência de uma adolescente de
quinze, repleta de tatuagens, piercings pelo corpo, dotada de uma inteligência surpreendente,
habilidades de luta e agilidade admiráveis e impressionantes, memória fotográfica
e uma sociabilidade quase zero, bissexual, e que traz na bagagem de vida mistérios,
crimes e intrigas de vingança e acerto de contas é no mínimo interessante.
Lisbeth não é a mulher fatal. Muito pelo contrario, ela não
tem atrativos físicos e nem de personalidade atraentes a qualquer homem ou
mulher. E de forma alguma possui artimanhas ou melhor, de forma alguma se
utiliza de alguma para conquistar e se dar bem. Não.
A filosofia de Lisbeth é uma só: viver em paz, na dela sem
precisar ou dever dar justificativa a ninguém. Ponto.
Qualquer coisa que atrapalhe isso vira um item numa lista
que ela fará questão de zerar. Usando o que for para tal.
Muito bem.
Soma-se a isso, traumas do passado e uma construção psicológica que beira a paranoia e loucura. Você obtém uma das personagens mais interessantes das ultimas décadas. Não é fácil defender Lisbeth, mas é impossível não ser fascinado e conquistado por ela. Assim o livro coloca em xeque questões morais e de senso critico e julgamento a todo instante.
Junte aí trafico de mulheres, segredos e golpes de Estado, mafia sueca, jornalismo ferrenho, furos e escândalos, romances complexos e conturbados(como o caso de amor poligâmico de uma das personagens centrais) e você completa um terço do que é a obra.
Não contarei a trama, para não haver spoilers para quem
possa estar lendo isso e futuramente pretenda se embrenhar pela historia.
Contudo o que parecem ser rosas, viram no Maximo alguns lírios
nas mãos de Larssom pelo simples fato dele ter pensado na obra como uma serie
de dez livros e não de apenas três. Quando se constrói um arco dramático pensando
em dez continuações, cessar tal arco na terceira unidade é o mesmo que mal
chegar ao final do primeiro ato num filme.
Larsson morreu antes de completar sua obra. Ele nos deixou
apenas esses três primeiros livros.
Isso faz com que ao final a trama de Millennium aparente
fraqueza na narrativa, nos fatos, nos atos, e no amarrar da historia. A narrativa
não se sustenta totalmente. São informações demais e conclusões de menos. São personagens
demais sem fins.
Porque obviamente tudo foi pensado para ter real sentido e
conclusão ali no final... Após a ultima linha do décimo livro. Infelizmente
isso nunca ocorrera.
Porem o final da trilogia iniciado respectivamente por: Os
Homens Que Não Amavam as Mulheres// e A Menina Que Brincava com Fogo; chega ao
fim com seu A Rainha do Castelo de Ar; de forma satisfatória, mesmo que
incompleta. Sobram perguntas demais ao final. Mas termina relativamente bem.
Mas a duvida que fica é o porque da decisão dos editores da obra, optarem por deixarem alguns personagens introduzidos na trama, sendo que eles não chegam a ter relevância na obra ao final de seu terceiro livro. Fica claro que tais personagens e tramas teriam espaço importante futuramente - como o caso do motivo da tão famosa tatuagem de escorpião as costas de Lisbeth e a existência de sua desaparecida irmã -; mas como isso não pôde ocorrer seria sensato editarem tais passagens. Isso seria no minimo demonstrar algum respeito e francamente seriedade com a obra. Deixando do jeito que deixaram, só contribuíram para as falhas narrativas que jamais poderão ser remediadas pelo autor.
No mais é uma ótima obra. No mínimo interessante, pela
capacidade que tem de prender a atenção; de condensar suspenses inteligentes e
principalmente pela evolução de seus personagens centrais.Um bom Livro sim.
Uma boa historia.
A obra ainda deu origem a 4 filmes. Três suecos que seguem a trilogia - cada filme sendo para um livro. E uma versão ate o momento para o 1° livro da serie, americana que obteve relevantes indicações e prêmios na ultima edição do Oscar.
Veja Trailer's das versões para o cinema da Obra de Larsson nos players abaixo:
Versão Americana dirigida Por David Fincher; com Daniel Craig e Rooney Mara(indicada a melhor atriz no Oscar por sua atuação como Lisbeth) :
Versão Americana dirigida Por David Fincher; com Daniel Craig e Rooney Mara(indicada a melhor atriz no Oscar por sua atuação como Lisbeth) :
As 3 Versões Suecas da trilogia completa dirigido por Niels Arden Oplev (primeiro) e Daniel Alfredson (os dois últimos), com Noomi Rapace e Michael Nycvist :
Segue abaixo sinopses das três obras da serie:
Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Primeiro volume de
trilogia cult de mistério que se tornou fenômeno mundial de vendas, Os homens
que não amavam as mulheres traz uma dupla irresistível de
protagonistas-detetives: o jornalista Mikael Blomkvist e a genial e perturbada
hacker Lisbeth Salander. Juntos eles desvelam uma trama verdadeiramente
escabrosa envolvendo a elite sueca
Os homens que não
amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas — passa-se na circunvizinhança
de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial,
some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à
ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde
então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor
emoldurada — o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser
morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada.
Quase quarenta anos
depois o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma
investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação
contra o financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que
atinge sua revista, a Millennium. Henrik lhe oferece proteção para a Millennium
e provas contra Wennerström, se o jornalista consentir em investigar o
assassinato de Harriet. Mas as inquirições de Mikael não são bem-vindas pela
família Vanger. Muitos querem vê-lo pelas costas. Ou mesmo morto. Com o auxílio
de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados
— de preferência, os mais sórdidos —, ele logo percebe que a trilha de segredos
e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou
morte de Harriet. E segue até muito depois… até um momento presente,
desconfortavelmente presente.
A Menina Que Brincava Com Fogo
“Não há inocentes.
Apenas diferentes graus de responsabilidade”, raciocina Lisbeth Salander,
protagonista de A menina que brincava com fogo, de Stieg Larsson. O autor — um
jornalista sueco especializado em desmascarar organizações de extrema direita
em seu país — morreu sem presenciar o sucesso de sua premiada saga policial,
que já vendeu mais de 10 milhões de exemplares no mundo.
Nada é o que parece
ser nas histórias de Larsson. A própria Lisbeth parece uma garota frágil, mas é
uma mulher determinada, ardilosa, perita tanto nas artimanhas da ciberpirataria
quanto nas táticas do pugilismo, e sabe atacar com precisão quando se vê acuada.
Mikael Blomkvist pode parecer apenas um jornalista em busca de um furo, mas no
fundo é um investigador obstinado em desenterrar os crimes obscuros da
sociedade sueca, sejam os cometidos por repórteres sensacionalistas, sejam os
praticados por magistrados corruptos ou ainda aqueles perpetrados por lobos em
pele de cordeiro. Um destes, o tutor de Lisbeth, foi morto a tiros. Na mesma
noite, contudo, dois cordeiros também foram assassinados: um jornalista e uma
criminologista que estavam prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres.
A arma usada nos crimes — um Colt 45 Magnum — não só foi a mesma como nela
foram encontradas as impressões digitais de Lisbeth. Procurada por triplo
homicídio, a moça desaparece. Mikael sabe que ela está apenas esperando o
momento certo para provar que não é culpada e fazer justiça a seu modo. Mas ele
também sabe que precisa encontrá-la o mais rápido possível, pois mesmo uma
jovem tão talentosa pode deparar-se com inimigos muito mais formidáveis — e
que, se a polícia ou os bandidos a acharem primeiro, o resultado pode ser
funesto, para ambos os lados.
A menina que brincava
com fogo segue as regras clássicas dos melhores thrillers, aplicando-as a
elementos contemporâneos, como as novas tecnologias e os ícones da cultura pop.
O resultado é um romance ao mesmo tempo movimentado e sangrento, intrigante e
impossível de ser deixado de lado.
A Rainha do Castelo De Ar
Último volume da
trilogia Millennium, A rainha do castelo de ar reúne os melhores ingredientes
da série: um enredo de tirar o fôlego, personagens que ficam gravados na
imaginação do leitor e surpresas que se acumulam a cada página
Com mais de 15 milhões
de exemplares vendidos no mundo, a trilogia Millennium é a mais bem-sucedida
série policial dos últimos anos, e já conta com uma versão cinematográfica,
prevista para estrear no Brasil ainda este ano. Quer seja tratando da violência
contra as mulheres, quer seja enfocando os crimes cometidos por magnatas ou
pelo Estado, a saga cumpre sua principal missão: a de envolver o leitor numa
história impressionante, cheia de mistérios.
Neste terceiro e
último volume da série, grande parte dos segredos é desvendada, e Lisbeth
Salander agora conta com excelentes aliados. O principal é Mikael Blomkvist,
jornalista investigativo que já desbaratou esquemas fraudulentos e solucionou
crimes escabrosos. No mesmo front estão ainda Annika Giannini, irmã de Mikael,
advogada especializada em defender mulheres vítimas de violência, e o inspetor
Jan Bublanski, que segue sua própria linha investigativa, na contramão da
promotoria.
A rainha do castelo de
ar enfoca de modo original as mazelas da sociedade atual — da ciranda
financeira ao tráfico de mulheres —, conquistando um lugar único na literatura
policial contemporânea.
Fonte das sinopses: Trilogia Millenium.com
*Stieg Larsson
(1954-2004) foi fundador e editor-chefe da revista sueca Expo, que denuncia
grupos neofascistas e racistas. Especialista na atuação das organizações de
extrema direita em seu país, é coautor de Extremhögern, livro no qual põe o
assunto em evidência. Morreu em sua casa, vítima de um ataque cardíaco, pouco
depois de ter entregado os originais dos romances que compõem a trilogia
Millennium.
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