A premiação mais importante e mais famosa do cinema, se aproxima. No próximo dia 24 de fevereiro, domingo, os melhores do ano que se passou serão premiados na 85° edição da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (no original: Academy of Motion Picture Arts and Sciences ou AMPAS), que este ano, resolveu adotar o nome popular de vez; apenas Oscar. A premiação acontecera em Los Angeles, nos Estados Unidos, e será comandada pelo diretor do polemico filme Ted, Seth MacFarlane com a ajuda de Salma Hayek, Melissa McCarthy, Liam Neeson e John Travolta.
Este ano, além da premiação estar acirrada e já se iniciar de forma inesperada. O site oficial do evento resolveu dialogar ainda mais com seu publico e criou em seu site uma ferramenta que ajuda os internautas a fazerem suas apostas para a premiação.
Basicamente, basta acessar o site, fazer suas escolhas, um voto para cada categoria e depois decidir se quer entrar na brincadeira dos famosos "Bolões do Oscar" que ocorrem nas redes sociais, compartilhando- ou não - suas apostas com seus contatos. Ainda ha a opção de imprimir suas apostas com as respectivas categorias para facilitar na hora de marcar os acertos e erros enquanto assiste a premiação pela internet ou pela TV - no Brasil a transmissão sera feita pelo canal pago TNT e pela emissora de televisão publica Rede Globo -.
Nas categorias técnicas, como edição e mixagem de som, fotografia, e direção de arte por exemplo, há videos, ilustrações e tutoriais explicando o que são cada categoria e como se dá a avaliação das mesmas pela Academia.
Para ter acesso ao site clique >> Oscar.Go (o site é oficial e por isso todo em inglês, mas nada que o Google Tradutor não dê uma ajudinha)
Da mesma maneira o Criticofilia que nesta edição fez a cobertura quase que total, fornecendo criticas das principais categorias do Oscar 2013, compilou abaixo, nossas apostas a Premiação, justificando-as.
Apostas do Criticofilia:
Melhor Filme
Apesar dos ventos estarem soprando para o possível azarão “Argo”,
vencer nessa categoria – já que durante a campanha para o Oscar, “Argo”
despontou como favorito em todas as premiações que se antecederam, “Lincoln”
ainda detém vantagem por tratar de um patriotismo muito mais latente e
explicito do que “Argo”. “Lincoln” tem uma grandiosidade bem maior que a
Academia costuma gostar, alem é claro, de ter o fator Diretor VS. Filme que
sempre possuem um paralelo. Foram extremamente raros os filmes que conseguiram
vencer nesta categoria sem que seu diretor não tenha sido ao menos indicado
também.
“Lincoln” é extremamente bem realizado, com planos
fabulosos, um trabalho milimetricamente pensado. É inquestionável isso. Porem,
se ele não possuísse o nome Spielberg nos créditos, ele nada mais seria do que
um bom filme de moral extremamente duvidosa, uma vez que sua visão é deturpada
e leviana, alem de carregar um tom que beira ao vicio fílmico que Spielberg
parece ter caído nos últimos anos.
“Argo” é inegavelmente um bom filme também, com uma visão
que tenta- mesmo que não consiga- de tratar com imparcialidade um ato real do
governo de seu país; com uma edição impecável e um roteiro sensacional.
Alias, esta categoria possui ótimos representantes, onde
ambos de acordo com as características típicas da premiação, fazem jus a
indicação.
Temos “Os Miseráveis” que tinha tudo para se tornar um filme
épico, e só conseguiu ser grandioso em termos visuais e de elenco, prejudicado
pela direção imprudente de Tom Hooper; mas que ao final das contas é um
musical. O que lhe dá largo destaque aqui, uma vez que historicamente a
Academia adora Musicais. Em “Indomável Sonhadora” vemos uma presença um tanto o
quanto surpresa, mas não menos digna de estar aqui, num filme saboroso e
reflexivo, que consegue mesclar a beleza da visão de uma garotinha num mundo bucólico.
Porem o filme chama mesmo a atenção mais pela jovem protagonista do que
realmente por suas outras qualidades.
Já “O Lado Bom da Vida” esta aqui por uma combinação incrível
que se obtém quando em meio a sua produção existem nomes de peso na indústria,
apesar de ser um bom filme.
“As Aventuras de Pi” que traz uma obra grandiosa e
impressionante principalmente por seu visual marcante numa historia fantástica.
Um filme fabuloso que merece a indicação que recebeu. O mesmo pode se dizer de “Django Livre”, que apesar das ressalvas que possua sobre seu roteiro, direção e seu fatídico
personagem central, é um grande filme, bem elaborado, com uma qualidade técnica
invejável.
Então temos “Amor” que de modo simplista se torna talvez o
filme melhor executado dentre todos ao lado de “A Hora Mais Escura”. Um filme poético,
cru, que consegue ir da mais tenra reflexão sobre a vida e a morte e este
sentimento que o permeia, ate a uma alegoria de choque e arrebatamento ao
demonstrar total segurança em abordar um tema que tinha todos os elementos para
serem transformados em sensacionalismo ou indevidamente “abusados” nas mãos de um outro
diretor. Um pequena obra prima. Porem, dentre os nove indicados, o merecedor
seria “A Hora Mais Escura”, que supera todos os outros oito em diversos pontos.
Uma vez que “Amor” desponta como provável vencedor ao premio de “Melhor Filme
Estrangeiro” ao qual também foi indicado. Assim, “A Hora Mais Escura” que
promove uma discussão e traz uma visão intensa e a flor da pele sobre as
operações governamentais dos EUA na captura e execução de Osama Bin Laden, acaba sendo o mais apto. O
filme consegue ser impecável do ponto de vista técnico e de desenvolvimento de
roteiro, alem de possuir uma reflexão pertinente e desafiadora- assim como 'Amor' também faz-.
Merecedor Criticofilia: A Hora Mais Escura
Favorito ao premio: Argo
Provável vencedor: Lincoln
Melhor Ator
Esta categoria não resta nenhuma duvida. Esse prêmio nasceu
com o "Lincoln" de Day Lewis. O ator faz por merecer seu favoritismo, tendo
entregado um trabalho inventivo. Porem, esta categoria possui monstros em
termos de atuação, deixando a desejar apenas pelo lado de Bradley Cooper. O
ator em “O Lado Bom Da Vida”, esta apenas correto. Ao contrario de Denzel
Washington que entregou em seu “O Voo” uma atuação visceral, de entrega. Ou
mesmo Hugh Jackman que aparece sóbrio, numa atuação madura em “Os Miseráveis”.
Porem é inquestionável que a melhor atuação dentre os
indicados esta com Joaquim Phoenix pelo o excelente “O Mestre”. O trabalho de
atuação de Phoenix é algo assombroso, digno da sua indicação e real merecedor
por competência ao premio. Porem, a melhor campanha foi de Lincoln, onde nem
Mesmo O Mestre conseguiu competir entre as principais categorias alem de seus
atores. Assim, o premio será de Day-Lewis, não injustamente, pois Lewis fez por
merecer, mas...
Merecedor Criticofilia: Joaquim Phoenix
Favorito ao premio: Daniel Day-Lewis
Provável vencedor: Daniel Day-Lewis
Melhor Atriz
Outra categoria que assim como, a categoria de “Melhor Filme”
esta extremamente imprevisível.
Isso porque todas as atuações assim, como as de “Melhor Ator”,
merecem extremamente suas indicações. Todas as atuações marcantes ou
surpreendentes. Mas aqui, a duvida é sobre qual vertente os votantes da Academia
irão optar. De um lado temos Emmanuelle Riva que fez um trabalho intenso, de
entrega e sensibilidade no ótimo “Amor”. Num papel difícil, que tem encantado e
impressionado o mundo todo. E algo interessante permeia sua indicação e seu possível
prêmio. Emmanuelle Riva completará no dia da premiação, 86 anos de idade, um digito a mais do que o numero de edições que no mesmo dia, a Academia comemorara de existência. E com isso,
Emmanuelle ainda se torna a concorrente mais velha nessa categoria a ser indicada.
Fatores como este podem lhe dar certa vantagem. Por outro lado temos a favorita
ao premio Jeniffer Lawrence que com apenas 22 anos de idade, tem chamado a
atenção de publico – que tem se formado uma legião de fãs fervorosos – e critica,
com seu talento e versatilidade em compor variados personagens. Mas ao
contrario do que ela fizera no excelente “Inverno da Alma”, aqui, JLaw, esta
apenas correta, com uma ou duas cenas que se destacam durante a projeção de “OLado Bom Da Vida”. Seu favoritismo vem mais da sua popularidade atual, do que
de seus méritos por esse papel. Mas dentre todas as indicadas, ela tem sido a
mais dedicada em sua campanha rumo ao premio. Ainda temos Naomi Watts que
sempre foi lembrada pela Academia por sua competência extrema e inquestionável
durante anos no cinema. Sempre expressiva Naomi entregou em “O Impossível” uma
atuação de total entrega a seu personagem. Em termos de atuação, não há nada
demais, Naomi já teve melhores oportunidades de demonstrar sua competência. Mas
aqui, a entrega total que deu a sua personagem é o que lhe rendeu essa
indicação. E uma vez que durante anos, a Academia tem sido complacente com seu
trabalho, apenas lhe dando indicações e nunca o premio, pode ser que isso pese
dessa vez. Ao mesmo tempo, temos a excelente Jessica Chastain, que entregou uma
performance ‘humana’ a sua personagem em “A Hora Mais Escura”. Seu papel chama
a atenção, por conseguir conferir peso e exaustão e ao mesmo tempo garra, num
personagem complexo.
Mas não podemos esquecer da jovem Quvenzhané Wallis, que com apenas 5 anos de idade à época de sua atuação em “Indomável Sonhadora”, conseguiu ser a mais jovem indicada a esta categoria em toda a historia da premiação. É Importante ressaltar, que Wallis que atualmente possui 9 anos de idade, além de ter impressionado num papel denso para sua idade, com expressões tão claras, teve em Indomável sonhadora seu primeiro papel no cinema. Ela não era atriz e nem fazia nenhum tipo de aulas de atuação. Wallis nem mesmo era totalmente alfabetizada na época de gravação do longa. Ela treinava e ensaiava suas falas com a ajuda de um treinador de atores. Tal detalhe conta bons pontos a seu favor. Mas a disputa esta acirrada mesmo, entre Riva e Lawrence; com consideráveis chances de uma possível reviravolta para Chastain, mas difícil.
Importante destacar, o maravilhoso trabalho da atriz Marion Cotillard, por seu papel no bom "Ferrugem e Osso". Um trabalho que a Academia esqueceu de ressaltar e que merece seus louros, numa atuação emocionante, que mesclou a melancolia e a garra em uma mulher devastada por uma tragedia em sua vida. Merecia ser indicada talvez ate mesmo no lugar da pequena Wallis.
Mas não podemos esquecer da jovem Quvenzhané Wallis, que com apenas 5 anos de idade à época de sua atuação em “Indomável Sonhadora”, conseguiu ser a mais jovem indicada a esta categoria em toda a historia da premiação. É Importante ressaltar, que Wallis que atualmente possui 9 anos de idade, além de ter impressionado num papel denso para sua idade, com expressões tão claras, teve em Indomável sonhadora seu primeiro papel no cinema. Ela não era atriz e nem fazia nenhum tipo de aulas de atuação. Wallis nem mesmo era totalmente alfabetizada na época de gravação do longa. Ela treinava e ensaiava suas falas com a ajuda de um treinador de atores. Tal detalhe conta bons pontos a seu favor. Mas a disputa esta acirrada mesmo, entre Riva e Lawrence; com consideráveis chances de uma possível reviravolta para Chastain, mas difícil.
Importante destacar, o maravilhoso trabalho da atriz Marion Cotillard, por seu papel no bom "Ferrugem e Osso". Um trabalho que a Academia esqueceu de ressaltar e que merece seus louros, numa atuação emocionante, que mesclou a melancolia e a garra em uma mulher devastada por uma tragedia em sua vida. Merecia ser indicada talvez ate mesmo no lugar da pequena Wallis.
Merecedor Criticofilia: Emmanuelle Riva
Favorito ao premio: Jeniffer Lawrence
Provável vencedor: Emmanuelle Riva
Melhor Ator
Coadjuvante
Outra categoria disputada. Com apenas duas atuações
realmente marcantes, esta categoria possui uma imprevisibilidade absurda.
Apesar do favoritismo claro ao Christoph Waltz por seu ótimo
papel no duvidoso “Django Livre”, onde ele nos entrega um papel inventivo,
original e totalmente maneirista em tela; temos na disputa Philip Seymour
Hoffman, que impressiona por seu papel catártico em “O Mestre”, repleto de
oscilações entre a intensidade e a sutileza.
Ainda temos Robert De Niro que pela primeira vez em muitos
anos, parece ter finalmente saído do piloto automático ao qual tem estado, e
entregou uma atuação sincera em “O Lado Bom da Vida”; Alan Arkin que esta
correto no ótimo “Argo” e Thommy Lee Jones, que esta Thommy Lee Jones no
duvidoso “Lincoln”. Isso porque, a atuação de Thommy Lee, não se diferencia
muito do que ele vem demonstrando nos últimos anos. Lembram o piloto automático
mencionado acima? Então...
Mas a disputa aqui parece ficar mesmo entre os dois
primeiros.
Menção honrosa, aos totalmente esquecidos pela Academia e demais premiações.
Quando se pensa em Ator Coadjuvante nos lançamentos do ano que se passou é impossível não lembrar das atuações marcantes e impecáveis de Leonardo DiCaprio por seu vilão em Django Livre, e em Javier Bardem pelo seu também vilão no bom 007 - Operação Skyfall.
Leo Dicaprio transcende em tela, num personagem curioso e bem escrito. sua atuação é tão intensa que chega a entristecer não ver seu nome ali entre os indicados, onde se concorresse teria larga vantagem em todos os 5 indicados oficiais. Foi um trabalho marcante na carreira do ator de fato. O mesmo se pode dizer de Javier Bardem, que simplesmente roubou o filme de Daniel Craig - que ainda assim surpreende com seu agente James Bond -. Javier construiu um dos melhores vilões que a serie 007 já viu em toda a sua historia. o ar repulsivo e louco de seu personagem é algo incomum de se presenciar. E ainda assim a Academia escolheu lhe esnobar. Mas é fato: se Leo Dicaprio e Javier Bardem estivessem aqui concorrendo, a categoria seria totalmente deles e de mais nenhum outro - talvez Philip Hoffman continuasse no páreo-. Uma pena.
Menção honrosa, aos totalmente esquecidos pela Academia e demais premiações.
Quando se pensa em Ator Coadjuvante nos lançamentos do ano que se passou é impossível não lembrar das atuações marcantes e impecáveis de Leonardo DiCaprio por seu vilão em Django Livre, e em Javier Bardem pelo seu também vilão no bom 007 - Operação Skyfall.
Leo Dicaprio transcende em tela, num personagem curioso e bem escrito. sua atuação é tão intensa que chega a entristecer não ver seu nome ali entre os indicados, onde se concorresse teria larga vantagem em todos os 5 indicados oficiais. Foi um trabalho marcante na carreira do ator de fato. O mesmo se pode dizer de Javier Bardem, que simplesmente roubou o filme de Daniel Craig - que ainda assim surpreende com seu agente James Bond -. Javier construiu um dos melhores vilões que a serie 007 já viu em toda a sua historia. o ar repulsivo e louco de seu personagem é algo incomum de se presenciar. E ainda assim a Academia escolheu lhe esnobar. Mas é fato: se Leo Dicaprio e Javier Bardem estivessem aqui concorrendo, a categoria seria totalmente deles e de mais nenhum outro - talvez Philip Hoffman continuasse no páreo-. Uma pena.
Merecedor Criticofilia: Philip Seymour Hoffman
Favorito ao premio: Christoph Waltz
Provável vencedor: Christoph Waltz
Melhor Atriz
Coadjuvante
Aqui, tal qual a categoria de “Melhor Ator” não resta duvida
de que o premio vem com o nome talhado de Anne Hathaway. Ela é claramente a
favorita ao premio e por méritos inquestionáveis.
A atuação de Hathaway no duvidoso “Os Miseráveis chama
tanto a atenção que com seus pouco mais de 30 minutos totais em tela, é dela as
atenções plenas no longa. Uma atuação marcante de entrega e visceralidade.
Porem, temos Amy Adams, que entre as 5 concorrentes é a que mais se aproxima do
‘grau’ de 'impressionabilidade' que Hathaway nos brindou. O trabalho de Adams em “O Mestre” é muito interessante, onde a atriz conseguiu de modo surpreendente
conferir um ar de dubiedade a sua personagem, ofuscada apenas pela monstruosa
presença de Joaquim Phoenix em cena. Dentre as 5 Indicadas ela é a que foi mais competente. Porem Anne Hathaway literalmente se desconstruiu diante de nossos olhos de uma maneira tão intensa que seria leviano não lhe dar o premio - mas que fique as considerações a Adams-.
Mas temos também a veterana Sally Field, que entregou uma
atuação poderosa – forçada e caricatural demais é verdade – em “Lincoln”. Já a
presença de Helen Hunt que esta apenas correta no bom “As Sessões” entre as indicadas
se justifica por sua coragem em expor-se de maneira sóbrio a um papel lhe
exigiu diversas cenas de nu frontal. Pela competência da atriz, tais cenas
jamais atingiram uma conotação sexualizada, vulgar ou impressionista. E isso é admirável.
Porem em termos de atuação, não há nada além do normal. O mesmo pode ser dito
da veterana Jacki Weaver, que em “O Lado Bom Da Vida” não Chama a atenção em
nenhum momento. Esta apenas atuando. Num papel que não lhe exige nada também.
Como ressalva é importante lembrar, o esquecimento da excelente atuação de Judi Dench em 007 - Operação Skyfall. A atriz encarna de maneira total sua personagem neste longa como nunca antes durante a serie do agente secreto. Um trabalho que chama a atenção durante o longa e que merecia ser melhor lembrado.
Como ressalva é importante lembrar, o esquecimento da excelente atuação de Judi Dench em 007 - Operação Skyfall. A atriz encarna de maneira total sua personagem neste longa como nunca antes durante a serie do agente secreto. Um trabalho que chama a atenção durante o longa e que merecia ser melhor lembrado.
Merecedor Criticofilia: Anne Hathaway
Favorito ao premio: Anne Hathaway
Provável vencedor: Anne Hathaway
Melhor Filme de
Animação
Dentre as Ótimas Animações indicadas este ano, temos
destaque para "Frankeneenie" e "Valente".
"Frankenweenie", pela técnica típica de Tim Burton e seu teor
que mescla a fantasia e o sombrio de maneiras únicas, sempre tendo como base o
expressionismo alemão. Já Valente se destaca principalmente por seu enredo,
onde uma protagonista claramente feminista surge sem precisar do amparo de um príncipe
encantado para lhe salvar. Algo raro na filmografia de animações Disney/Pixar, onde a primeira; é
conhecida por ser a eterna fabrica de sonhos da princesa que tem que ser salva
pelo príncipe valente. O Valente aqui é dado a protagonista. E isso merece
atenção.
Ainda temos o ótimo e engraçado "Paranorman" que traz uma parodia
aos filmes de adolescente estadunidenses de terror, lidando com os estereótipos
desses enredos de maneira bem original e interessante. "Piratas Pirados", talvez
o mais fraco dentre os indicados que é apenas “bem feitinho”, uma animação em
Stop Motion com um roteiro raso com pouquíssimos momentos inventivos ou que se
destaquem.
Mas a grande disputa pode vir pelo excelente "Detona Ralph"- este sim da Disney -que vem despontando como grande favorito, após arrebatar a critica em diversos prêmios mundo afora onde tem saído vencedor, e pelo publico, onde conquistou uma grande bilheteria; onde traz uma trama deliciosa que remonta os clássicos jogos de vídeo games,
numa animação que impressiona pelos gráficos.
Mas o premio deve ficar disputado mesmo entre os estúdios Disney/Pixar e seu "Valente", - pelo peso que o nome Disney e Pixar possuem, Tim Burton e seu "Frankenweenie" - que é claramente a melhor animação em termos técnicos dentre os 5 indicados - , e o inventivo "Detona Ralph" - também da Disney.
Merecedor Criticofilia: Frankenweenie
Favorito ao premio: Detona Ralph
Provável vencedor: Detona Ralph
Melhor Direção
O Favoritismo é claro. Se para a categoria de “Melhor Filme” 'Lincoln' desponta como favorito, a lógica se estende a sua direção. Uma direção
correta alias do Spielberg que tem pleno domínio de seu filme, que mesmo diante
de tantas bobagens, é inquestionável a qualidade técnica que possui. Porem
temos o excelente Michael Haneke, que entregou em “Amor” um trabalho
meticuloso, repleto de dedicação e extremo exímio em detalhes. Uma direção
segura e que merece a indicação sem duvidas. Temos ainda outros monstros nessa área
como o ótimo Ang Lee que mais uma vez realizou um filme marcante e fabuloso que
é “As Aventuras de Pi”. Um filme grandioso que não teria a maestria que possui
sem a visão e as rédeas claras de Lee.
Na esteira vem David O.Russell pelo seu mediano “O Lado Bom da Vida” que tal qual seu filme é apenas correto. E Benh Zeitlin com seu “Indomável Sonhadora” que impressiona mais pelo fato de lidar com uma historia repleta de “não
atores”. Por mostrar uma visão bucólica de uma realidade dura e tentar extrair
delicadeza em meio a feiura de La. Uma direção boa.
É imprescindível e inevitável, falar dessa categoria e não
salientar a injustiça obtusa da Academia em deixar de fora os nomes de Paul
Thomas Anderson e Ben Affleck – e se formos mais justos ainda, o nome de Leos
Carax pelo seu fabuloso trabalho, no impecável e totalmente esquecido pela
Academia e demais premiações “Holy Motors” filme extremamente bem conduzido.
Ben Affleck, por seu trabalho madura e impressionante devido
a sua pequena filmografia por “Argo”, contradizendo todas as noções possíveis dessa
edição do Oscar. Uma vez que Affleck tem ganhado quase que totalmente todas as
premiações ao qual participa nesta categoria, assim como seu filme. Uma incoerência
que esta custando muito a Academia antes mesmo do resultado sair.
E Paul Thomas Anderson pelo excelente “O Mestre”, que não só
merecia sua devida indicação visceral e peculiar na direção, como inclusive na
categoria principal de “Melhor Filme”.
E claro, talvez ao lado de Affleck , outra maior e polemica
injustiçada, Kathryn Bigelow por seu excelente “A Hora Mais Escura”. Onde sua
não indicação é a mais obvia dentre todas: política. Uma vez que seu filme tem
sido vastamente mal visto entre o governo americano, com a desculpa infundada
de que o longa incita a pratica de tortura do país em processos de
investigações e interrogatório com terroristas.
Injustiça, pois o trabalho que Bigelow entrega com seu filme
é algo que beira ao impecável.
Mas a disputa parece ficar entre o Spielberg e Haneke.
Merecedor Criticofilia: Michael Haneke
Favorito ao premio: Steven Spielberg
Provável vencedor: Steven Spielberg
Melhor Filme em
Língua-estrangeira
Categoria que possui ótimos representantes – alguns deles
ate mais relevantes do que os que concorrem a principal categoria -. Porem é inegável
o favoritismo de “Amor” que não satisfeito com a indicação a “Melhor Filme”
ainda marca presença aqui, onde levará.
Mas é importante salientar as qualidades de seus
concorrentes como o ótimo “A Feiticeira da Guerra” que possui um roteiro
profundo, numa narrativa densa e bem executada. “Kon-tiki”, que promove um show
visual, numa fotografia impressionante e bem feita. “O Amante da rainha” que
traz um enredo batido, numa narrativa surpreendente com atuações boas, uma
direção de arte conceitual impecável; e ainda o fabuloso e intenso “No”, que se
destaca por trazer de volta o ‘U-Matic’, tecnologia de gravação em
videocassete, que confere ao longa uma imagem meio desfocada, que se assemelha
bastante ao efeito que se tem quando vemos um filme em 3D sem os óculos, com
certas cenas com luz estourada, que transforma o filme num deleite visual, alem
de possuir um roteiro inventivo e atuações excelentes.
Um Filme que merecia levar o premio para casa por ser superior em vários sentidos aos indicados acima, talvez apenas igualável ao sensacional "Amor". Sendo assim, o principal concorrente da Obra de Haneke.
Um Filme que merecia levar o premio para casa por ser superior em vários sentidos aos indicados acima, talvez apenas igualável ao sensacional "Amor". Sendo assim, o principal concorrente da Obra de Haneke.
Merecedor Criticofilia: No
Favorito ao premio: Amor
Provável vencedor: Amor
Melhor Filme
Curta-metragem de Animação
No link a seguir confira pequenos comentários de cada um dos 5 indicados nesta categoria, justificando as escolhas abaixo: >> Indicados Ao Oscar de Melhor Curta de Animação
Merecedor
Criticofilia: Head Over Heels
Favorito ao premio: Paperman
Provável vencedor: Paperman
Abaixo, outras apostas mas sem comentários ou menção aos favoritos ou merecedores. Apenas quem provavelmente levara o premio :
Melhor Fotografia
Melhor Direção de Arte
Melhor Figurino
Espelho, Espelho Meu..
Melhor Edição
Melhor Maquiagem
Melhor Trilha Sonora
Mychael Danna - As Aventuras de Pi
Melhor Música Original
007 - Operação Skyfall
Melhor Edição de Som
Melhor Mixagem de Som
Melhores Efeitos Visuais
Prometheus
Melhor Roteiro Adaptado
*Impossível não colocar uma ressalva aqui.
É imperdoável a não inclusão do excelente "As Vantagens de Ser Invisível" e seu roteiro fabuloso assinado pelo escritor, roteirista e também aqui diretor Stephen Chbosky . Um filme definitivamente bem construído elaborado, com um roteiro decupado, de narrativa delimitada repleto de acertos. Merecia estar aqui indicado e se fosse este o caso, estaria despontando inclusive como franco favorito ao premio. Imperdoável essa falha.*
Chris Terrio - Argo
Melhor Roteiro Original
Mark Boal - A Hora Mais Escura
3 comentários:
Sinceramente,como fã de jogos eu odiei Detona Ralph. O que realmente fez a campanha do Detona Ralph foram os personagens famosos do mundo dos games que despontaram no filme. Mas detalhes como Zangief ser vilão é meio decepcionante, pois, para o público gamer que com certeza foi o mais atingido, deixou a sensação que o trabalho de pesquisa foi, pouco ou mal realizado.
Nunca gostei da premiação porque nunca quem merece realmente ganha.
Amor ou A hora mais escura era para ganhar melhor filme assoviando. O mesmo vale para Valente. Mas enfim né, pra uma acadêmia que já premiou Evita (pff) espera-se qualquer coisa!
HAHAHA sim Aurélio. De fato. Porque a Academia premia a melhor campanha mesmo. pouco importa a eles a qualidade geral do filme. Talvez os únicos filmes que sejam premiados com justiça sejam os das categorias técnicas- mas ainda assim a campanha que se faz vale tudo. é uma eleição, para chegar ali, ser indicado e mais ainda para vencer-.
O Oscar continua relevante justamente por mover essa industria. para quem admira o cinema Arte, ele é totalmente dispensável, mas movimenta de certa forma a própria arte tbm ( $$$). então..rs
Adorei vc por aqui comentando! :)
Eu falei que Valente merecia e ele ganhou! Muito digno!
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